Principais Autores da 1° Fase do Modernismo no Brasil

Mário de Andrade

Um dos criadores do modernismo no Brasil, Mário Raul de Morais Andrade era de família rica e aristocrática. Formou-se no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, onde seria professor.
Seu trabalho com a literatura começou bem cedo, em críticas escritas para jornais e revistas.
Em 1917, publicou o primeiro livro, versos assinados com o pseudônimo Mário Sobral: "Há Uma Gota de Sangue em Cada Poema".
Em 1921, Oswald de Andrade (depois de ter lido os originais de "Paulicéia Desvairada", que seria lançado em 1922) escreveu para o "Jornal do Commercio" um artigo em que chamava Mário de "meu poeta futurista".
Junto com Oswald e outros intelectuais, Mário ajudou a preparar a Semana de Arte Moderna de 1922. No segundo dia de espetáculos, durante o intervalo, em pé na escadaria do Teatro Municipal, leu algumas páginas de seu livro de ensaios "A Escrava Que Não É Isaura". O público, despreparado para a ousadia, reagiu com vaias.
"Amar, Verbo Intransitivo" (1927), o primeiro romance, desmascara a estrutura familiar paulistana. A história gira em torno de um rico industrial que contrata uma governanta (a Fräulein) para ensinar alemão aos filhos. Na verdade, tudo não passa de fachada para a iniciação sexual do filho mais velho.
Em "Clã do Jabuti" (também de 1927), Mário mostra a importância que dá à pesquisa do folclore brasileiro, tendência que atingirá seu ponto alto no romance "Macunaíma" (1928), no qual recria mitos e lendas indígenas para traçar um painel do processo civilizatório brasileiro:
"No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma".
Na musicologia, seu "Ensaio Sobre a Música Brasileira" (1928) influenciou nossos maiores compositores contemporâneos, nomes como Heitor Villa-Lobos, Francisco Mignone, Lorenzo Fernández, Camargo Guarnieri.
Como contista, os trabalhos mais significativos de Mário de Andrade acham-se em "Belazarte" e "Contos Novos". O primeiro livro mostra a preocupação do autor em denunciar as desigualdades sociais. O segundo se constitui de textos esparsos (reunidos em publicação póstuma), mas traz os contos mais importantes, como "Peru de Natal" e "Frederico Paciência".
Mario de Andrade lecionou por algum tempo na Universidade do Distrito Federal (Rio de Janeiro) e exerceu vários cargos públicos ligados à cultura, no que sobressaía seu lado de pesquisador do folclore nacional. Teve ainda participação importante nas principais revistas modernistas: "Klaxon", "Estética" e "Terra Roxa e Outras Terras".
Morreu de ataque cardíaco, aos 51 anos. Sua obra poética foi reunida e publicada postumamente em "Poesias Completas".

Oswald de Andrade

José Oswald de Souza Andrade era de família abastada. Ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco (São Paulo) em 1909. (Só se formaria em 1919, quando seria o orador da turma.)
Publicou seus primeiros trabalhos em "O Pirralho", semanário paulista de crítica e humor, que ele mesmo fundou em 1911.
Em 1912, viajou para Paris, onde, convivendo com a boemia estudantil, entrou em contato com o futurismo e conheceu Kamiá, mãe de Nonê, seu primeiro filho, nascido em 1914.
De volta a São Paulo, continuou no jornalismo literário. Em 1917, passou a viver com Maria de Lourdes Olzani (a Deise).
Defendeu a pintora Anita Malfatti de uma crítica devastadora de Monteiro Lobato e fundou o jornal "Papel e Tinta". Em seguida, ao lado de Anita, de Mário de Andrade e de outros intelectuais, organizou a Semana de Arte Moderna de 22.
Pelo espírito irreverente e combativo, nenhum outro escritor do modernismo ficou mais conhecido que Oswald. Sua atuação é considerada fundamental na cultura brasileira da primeira metade do século 20.
Publicou "Os Condenados" e "Memórias de João Miramar". Em 1924, iniciou o movimento Pau-Brasil, juntando o nacionalismo às idéias estéticas da Semana de 22. Em 1926, casou com a pintora Tarsila do Amaral, e os dois se tornaram a dupla mais importante das artes brasileiras (Mário de Andrade os apelidou de "Tarsiwald").
Oswald escreveu o "Manifesto Antropofágico", em que propôs que o Brasil devorasse a cultura estrangeira e criasse uma cultura revolucionária própria. Assim fariam Mário de Andrade em "Macunaíma" (1928) e Raul Bopp em "Cobra Norato" (1931).
Com a crise de 29, Oswald teve as finanças abaladas e sofreu uma reviravolta na vida. Rompeu com Mário, separou-se de Tarsila e casou com a escritora e militante política Patrícia Galvão (a Pagu). Da união nasceria Rudá, seu segundo filho.
Filiou-se ao PCB após a revolução de 1930 (romperia com o partido em 1945, embora continuasse sendo de esquerda). Em 1931, quando dirigia o jornal "O Homem do Povo", foi várias vezes detido.
Em 1936, após ter-se separado de Pagu, casou com a poetisa Julieta Bárbara. Em 1944, outro casamento, agora com Maria Antonieta D'Aikmin, com quem permaneceria até o fim da vida.
Além de poemas, já lançara o romance "Serafim Ponte Grande" (1933) e as peças "O Homem e o Cavalo" (1934) e "O Rei da Vela" (1937).
Em 1939, na Suécia, representou o Brasil num congresso do Pen Club (a entidade internacional que congrega os literatos dos diversos países). Prestou concurso para a cadeira de literatura brasileira na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP com a tese "A Arcádia e a Inconfidência" e, em 1945, obteve o título de livre-docente.
Oswald morreu aos 64 anos. Sua poesia seria precursora de dois movimentos distintos que marcariam a cultura brasileira na década de 1960: o concretismo e o tropicalismo.

Manuel Bandeira

O recifense Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho mudou-se ainda jovem para o Rio de Janeiro. Em 1903, transferiu-se para São Paulo, onde iniciou o curso de engenharia na Escola Politécnica. No ano seguinte, abandonou os estudos por causa da tuberculose e retornou para o Rio, onde escreveu poesia e prosa, fez crítica literária e deu aulas na Faculdade Nacional de Filosofia. Por causa da doença, passou longos períodos em estações climáticas no Brasil e na Europa. Entre 1916 e 1920, perdeu a mãe, a irmã e o pai.
Em 1917, publicou "A Cinza das Horas", de nítida influência parnasiana e simbolista. Dois anos depois, lançou "Carnaval", fazendo uso do verso livre. Já se mostrava um dos precursores da linha modernista, e Mário de Andrade o chamaria de "São João Batista do modernismo brasileiro". Apesar disso, em 1922, por não concordar com a intensidade dos ataques feitos aos parnasianos e simbolistas, não participou diretamente da Semana de Arte Moderna (nem sequer viajou para São Paulo).
No entanto, seu poema "Os Sapos", lido por Ronald de Carvalho na segunda noite do acontecimento, provocou muitas reações. Nele, Bandeira se vale mais uma vez do verso livre, principal característica de sua obra:

"Enfunando os papos,/ Saem da penumbra,/ Aos pulos, os sapos./ A luz os deslumbra./ Em ronco que aterra,/ Berra o sapo-boi:/ 'Meu pai foi à guerra!'/ 'Não foi!' - 'Foi!' - 'Não foi!'"

Com "O Ritmo Dissoluto" (1924) e "Libertinagem" (1930), temos um poeta totalmente integrado no espírito modernista. "Libertinagem" apresenta alguns poemas fundamentais para entender a poesia de Bandeira: "Vou-me embora pra Pasárgada", "Poética", "Evocação do Recife" e outros. Aparecem ali seus grandes temas: a família, a morte, a infância no Recife, os indivíduos que compõem as camadas mais baixas da sociedade.
Apesar dos amigos e das reuniões na Academia Brasileira de Letras (para a qual foi eleito em 1940), Bandeira viveu solitariamente. Mesmo sendo um apaixonado pelas mulheres, nunca casou: dizia que "perdeu a vez".
Morreu aos 82 anos, de parada cardíaca -e não de tuberculose, a doença que o acompanhara durante parte tão grande de sua vida.

Menotti Del Picchia

Paulo Menotti del Picchia, filho de Luiz del Picchia e Corina del Corso del Picchia, fez os estudos primários em Itapira (SP) e os ginasiais em Campinas (SP). Diplomou-se em Ciências e Letras em Pouso Alegre (MG). Também cursou a Faculdade de Direito de São Paulo.
Foi agricultor e advogado em Itapira (SP), onde dirigiu o jornal "Cidade de Itapira" e fundou o jornal político "O Grito". Lá escreveu os poemas "Moisés" e "Juca Mulato", ambos publicados em 1917. Passou a residir em São Paulo, onde foi redator em diversos jornais, entre os quais "A Gazeta" e o "Correio Paulistano".
Fundou o jornal "A Noite" e dirigiu, com Cassiano Ricardo, os mensários "São Paulo" e "Brasil Novo". Colaborou assiduamente no "Diário da Noite", onde, por muitos anos, manteve uma seção diária sob o pseudônimo de Hélios, seção que ele criara, em 1922, no "Correio Paulistano", através da qual divulgou as notícias do Movimento Modernista.
Com Graça Aranha, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e outros, participou da Semana de Arte Moderna, de 11 a 18 de fevereiro de 1922. Com Cassiano Ricardo, Plínio Salgado e outros, realizou o movimento Verdamarelo; depois, com Cassiano Ricardo e Mota Filho, chefiou o movimento cultural da Bandeira.
Além de jornalista, exerceu inúmeros cargos públicos. Foi o primeiro diretor do Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado de São Paulo; deputado estadual em duas legislaturas; membro da Constituinte do Estado e deputado federal por São Paulo, em três legislaturas. Presidiu a Associação dos Escritores Brasileiros, seção de São Paulo.
Foi poeta, jornalista, político, romancista, contista, cronista e ensaísta. Sua obra que mais se destacou foi o poema "Juca Mulato" (1917), considerado precursor do Movimento Modernista. No entanto, sua origem estética, ainda está no Parnasianismo, evidente em sua poesia pela grandiloqüência e floreios verbais. Em 1982, foi proclamado Príncipe dos Poetas Brasileiros, título que pertenceu anteriormente a Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Olegário Mariano.

Guilherme de Almeida

Guilherme de Andrade Almeida era filho do jurista e professor de direito Estevam de Almeida. Estudou nos ginásios Culto à Ciência, de Campinas, e São Bento e Nossa Sra. do Carmo, em São Paulo. Cursou a Faculdade de Direito de São Paulo, concluindo-a em1912.
Foi redator de "O Estado de São Paulo", diretor da "Folha da Manhã" e da "Folha da Noite", fundador do "Jornal de São Paulo" e redator do "Diário de São Paulo".
Com a publicação do livro de poesias "Nós" (1917) iniciou sua carreira literária. Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna, seu escritório serviu de redação para os fundadores da revista "Klaxon". Percorreu o Brasil, difundindo as idéias da renovação artística e literária. Os livros "Meu" e "Raça" (1925) são fiéis à temática brasileira e ao sentimento nacional.
Dominou amplamente o fazer poético, por ser grande conhecedor da ciência do verso e da língua, ajudando-o também a ser um excelente tradutor. Traduziu, entre outros, os poetas Paul Géraldy ("Eu e Você"), Rabindranath Tagore ("O Jardineiro" e "O Gitanjali"), Charles Baudelaire ("Flores das Flores do Mal"), Sófocles ("Antígona") e Jean Paul Sartre ("Entre Quatro Paredes").
Nos poemas de "Simplicidade", publicado em 1929, retornou às suas matrizes iniciais e à perfeição formal, sem recair no Parnasianismo. Mas com um senso cada vez mais clássico, como os poemas de "Camoniana" (1956) e "Pequeno Cancioneiro" (1957).
Em 1932 participou da Revolução Constitucionalista de São Paulo. Também foi heraldista, fez os brasões-de-armas das seguintes cidades: São Paulo (SP), Petrópolis (RJ), Volta Redonda (RJ), Londrina (PR), Brasília (DF), Guaxupé (MG), Caconde, Iacanga e Embu (SP). Compôs também um hino a Brasília, quando a cidade foi inaugurada.
Era membro da Academia Paulista de Letras; do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo; do Seminário de Estudos Galegos, de Santiago de Compostela; do Instituto de Coimbra e da Academia Brasileira de Letras.

Cassiano Ricardo


Cassiano Ricardo Leite (São José dos Campos, 26 de julho de 1895 — Rio de Janeiro, 14 de janeiro de 1974) foi um jornalista, poeta e ensaísta brasileiro.
Representante do modernismo de tendências nacionalistas, esteve associado aos grupos Verde-Amarelo e da Anta, foi o fundador do grupo da Bandeira, reação de cunho social-democrata a estes grupos, tendo, sua obra se transformado até o final, evoluindo formalmente de acordo com as novas tendências dos anos de 1950 e tendo participação no movimento da poesia concreta.
Pertenceu às academias paulista e brasileira de letras.

Formou-se em direito no Rio de Janeiro, em 1917. Rumando para São Paulo, trabalhou como jornalista em diversas publicações, e chegou a fundar alguns jornais. Aproximou-se de Menotti Del Picchia e Plínio Salgado, à época da Semana de Arte Moderna de 1922. Em 1924 fundou A Novíssima, revista modernista. Em 1928 publica Martim Cererê, importante experiência modernista primitivista-nacionalista na linha mitológica de Macunaíma (de Mário de Andrade) e Cobra Norato (de Raul Bopp).
Afastando-se das ideias de Plínio Salgado, que por essa época já começavam a descaracterizar-se como nacionais e pareciam-se mais com imitações imperfeitas de dogmas nazistas, Cassiano Ricardo funda com Menotti del Picchia o grupo da Bandeira, em 1937. Neste ano ainda foi eleito para a cadeira número 31 da Academia Brasileira de Letras, sendo o segundo modernista aceito na instituição (o primeiro havia sido Guilherme de Almeida, que foi encarregado de recebê-lo).
Em 1950 foi eleito presidente do Clube da Poesia de São Paulo, e entre 1953 e 1954 foi chefe do Escritório Comercial do Brasil em Paris, vindo a ocupar outros cargos públicos nos anos seguintes.
Sua obra passa por diversos momentos; inicialmente apresenta-se presa ao Parnasianismo e ao Simbolismo. Com a fase modernista, explora temas nacionalistas e depois restringe-se mais, louvando a epopeia bandeirante, detendo-se, em seguida, em temas mais intimistas, cotidianos, ou mais próximos da realidade observável.
A partir da década de 1950, já no período daquelas tendências que têm sido chamadas por alguns críticos de segunda vanguarda, aproximando-se do grupo concretista das revistas Noigandres e Invenção, mostra claramente o seu espírito, desde sempre, vanguardista. Em Jeremias sem-chorar, de 1964, Cassiano Ricardo mostra sua grande capacidade de reciclar-se, produzindo poemas tipográficos e visuais, sempre utilizando-se das possiblidades espaciais da página escrita, sem perder suas próprias características. Nas palavras do poeta, na introdução do livro, "Situa-se o poeta numa linha geral de vanguarda, na problemática da poesia de hoje, mas as suas soluções são nitidamente pessoais".

Raul Bopp

"Um dia/ ainda eu hei de morar nas terras do Sem-Fim./ Vou andando, caminhando, caminhando;/ me misturo rio ventre do mato,/ mordendo raízes./ Depois/faço puçanga de flor de tajá de lagoa /e mando chamar a Cobra Norato." Esse é um pequeno trecho do longo poema "Cobra Norato", a obra-prima do modernista Raul Bopp
Raul Bopp fez parte da primeira geração do nosso modernismo. Não chegou a receber as glórias da crítica nem a preferência do público, optando mais pela carreira diplomática do que pela literatura.
Por volta de 1917, fundou os semanários "O Lutador" e "Mignon", em Tupanciretã, no Rio Grande do Sul. Cursou Direito, entre 1918 e 1925, em Porto Alegre, Recife, Belém e Rio de Janeiro; freqüentado cada ano letivo em uma capital.
Na década de 1920 percorreu a Amazônia, e em 1922 participou na Semana de Arte Moderna, em São Paulo. Passou a integrar, com Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Antônio Alcântara Machado, os movimentos Pau-Brasil e Antropofágico.
Em 1931 lançou "Cobra Norato", seu primeiro livro de poesia e um dos mais importantes do modernismo. Nele, o poeta cria um drama épico e mitológico nas selvas amazônicas, incorporando à estrutura do verso livre elementos do folclore e da fala regional.
Em "Urucungo" (1932), Bopp volta-se para a cultura africana e sua influência na formação histórica do Brasil, traçando uma viagem das aldeias às margens do rio Congo à realidade das favelas.
Como jornalista e diplomata, de 1942 a 1973, viveu em Los Angeles (EUA), Berna (Suíça), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Porto Alegre (RS).
Publicou, entre outros, os livros em prosa "América, Notas de um Caderno sobre o Itamaraty", "Movimentos Modernistas no Brasil: 1922/1928", "Memórias de um Embaixador", "Bopp Passado a Limpo por Ele Mesmo", "Vida e Morte da Antropofagia" e "Longitudes".
Sua obra poética inclui "Poesias" (1947) e "Mironga e Outros Poemas" (1978). Depois da primeira publicação, "Cobra Norato" teve novas edições em vida do autor que, a cada uma delas, fazia alterações no texto original.

Alcântara Machado

Antônio Castilho de Alcântara Machado d’Oliveira nasceu em 25 de maio de 1901, em São Paulo (SP). Nesta cidade, formou-se na faculdade de Direito, durante a qual publicou sua primeira crítica literária para o “Jornal do Comércio”. Após esse fato, passou a colaborar para este jornal até tornar-se redator-chefe.
Formou-se, mas não chegou a exercer a profissão porque estava atrelado à carreira jornalística. 
Os movimentos modernistas na literatura começavam a se despontar com a “Semana de Arte Moderna”, da qual o escritor não participou. Contudo, depois de tornar-se amigo de Oswald de Andrade, adere ao movimento que o tornou um dos nomes mais significativos da prosa da Geração de 22.
Seu primeiro livro, “Pathé Baby” (com prefácio de Oswald de Andrade), é fruto do que escreveu para a imprensa em sua viagem à Europa, em 1925. Em 1928 publica "Brás, Bexiga e Barra Funda". Neste mesmo ano, já adepto da corrente modernista, Alcântara Machado participou da fundação das revistas de idéias modernistas: “Terra roxa e outras terras” e “Revista da Antropofagia”, além de colaborar com outras, como a “Revista Nova”. Paralelamente às atividades de jornalista, foi um cronista e contista notável. 
Por volta de 1931, o escritor candidata-se ao cargo de deputado federal, pelo qual é eleito, mas não chega a tomar posse, pois falece aos 34 anos de idade e deixa seu único romance inacabado “Mana Maria” (1936).
O autor é conhecido por sua linguagem objetiva (provavelmente, advinda da jornalística), concisa e popular, características que davam dinamismo às suas narrativas. 
Alcântara Machado faleceu aos 14 de abril de 1935, após uma semana da realização de cirurgia para apendicite. 
Em 1961, todos os contos e o romance que ficou inacabado foram reunidos em um único volume, com o título de “Novelas Paulistanas”. 

Obras: Romance: Mana Maria (1936) – inacabado. 
Conto: Brás, Bexiga e Barra Funda (1927): Laranja da China (1928). 
Crônica: Pathé Baby (1926); Cavaquinho e saxofone (1940).

1 comentários:

Anônimo 19 de junho de 2015 às 16:13  

trabalho maravilhoso!!!!!🎓

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